Ah, se o amor bastasse... e o pastel de funghi vegano


Quem nunca ouviu a frase: "A gente se amava, mas não estava dando certo". A primeira vez que ouvi isso, a afirmação pareceu algo absurdo para a minha cabeça infantil. Afinal de contas, a gente não cresce achando que o amor é tudo? Que é o sentimento mais puro e mais bonito? Que com amor tudo é possível?

Foi preciso amar e não bastar para entender que nem tudo se resolve com uma boa dose de amor. Essa talvez seja uma das grandes decepções da nossa vida. Afinal de contas, o amor é um sentimento tão forte e tão real que parece mesmo que vai resolver todos os nossos problemas. O mais impressionante é que normalmente são questões muito pequenas que fazem com que o amor não baste. É uma maneira de falar, é algo que não é feito, é uma burocracia enfadonha que nos desagrada, é um horário apertado, é uma toalha molhada em cima da cama, é um chefe que não nos entende. É a falta de tempo ou a sobra dele. Cada uma dessas coisinhas pode ir minando o amor e os nossos relacionamentos, pessoais e profissionais, de uma maneira que o amor para de bastar. 

E quando o amor realmente para de bastar, parece não haver mais volta. Talvez a solução seja seguir em frente, mudar, achar outros amores, buscar novas experiências. Só que eu sei muito bem o quanto isso é difícil. Para ajudar vocês, vou reproduzir algo que me disseram certa vez e que me faz ter mais coragem nessas mudanças: "só porque hoje não funciona mais não quer dizer que antes não funcionava". Foi amor, é amor, deu certo, agora não dá mais, antes bastava, agora deixou de bastar... Com certeza, sem  amor nada funciona. Mas só ele não basta. E que bom seria se bastasse...

Acho que a receita de hoje tem tudo a ver com amor, um amor pela vida, pelas vidas, pela natureza e pelo nosso planeta. Um pastel vegano que fiz pensando em uma amiga muito querida que luta todos os dias para que esse amor dela baste. Um beijo para ti, Laís! Tu me enches de orgulho!

Ingredientes:
1/2 de xícara de funghi seco (eu tinha dois tipo em casa e usei os dois)
1/2 cebola
1/2 xícara de couve-flor picada
1/4 de xícara de vinho tinto seco (pode ser os de garrafões, mas tem que ser seco)
1/2 xícara de água fervendo
1 colher de sopa de amido de milho
2 colheres de sopa de cebolinha picada fina
Óleo para fritar a cebola
Sal e pimenta a gosto

Massa para pastel pronta (cuidado com os ingredientes) ou caseira (https://cuisinepipi.blogspot.com/search?q=pastel)

Modo de preparo
Pique o funghi seco em pedaços pequenos. Lembre-se que ele vai inchar na água. Coloque-o de molho no vinho e na água fervendo e acrescente sal e pimenta a gosto. Enquanto o funghi hidrata, pique a cebola bem picadinha e reserve. Em seguida, pique a couve-flor em pedaços que sejam mais ou menos do mesmo tamanho do funghi. Leve a cebola para fritar em óleo de sua preferência até ela dourar de leve (não deixe grudar no fundo) e acrescente o funghi com a água e o vinho e a couve-flor e deixe ferver até reduzir a quantidade de água e evaporar o álcool do vinho. Eu sei que o álcool evaporou pelo cheiro mesmo, acho que não tem outro jeito de saber. Com o auxílio de uma peneira, coloque o amido de milho mexendo bem para não criar grumos. Eu espero abrir fervura novamente, desligo e coloco a cebolinha.
Recheie o pastel, feche-o. Pressione as bordas com um garfo para não abrir. Pincele com óleo e leve para assar por cerca de 40 minutos ou coloque na AirFryer por 20 minutos. Também pode ser feito frito em imersão.



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