Lasanha de abobrinha e a segunda sem carne
Tem algumas modinhas que são bobas, sem graça e, muitas
vezes, fúteis. Mas tem outras modinhas que, apesar de não serem seguidas com
sinceridade de causa pela maioria dos “praticantes”, trazem benefícios pessoais
ou mesmo para o mundo. É esse o caso da segunda sem carne. Sinceramente nem sei
como essa campanha começou, só sei que vi essa hashtag no instagram um dia e
achei que era uma modinha digna de ser seguida. A ideia é diminuir a pegada de
água causada pela produção de carnes. E em questões do meio ambiente, qualquer
ajuda é significativa.
Eu não lembro de viver sem separar lixo seco de orgânico,
meus pais sempre incentiveram um uso consciente de água e papel na minha casa.
Meu pai até teve uma fase vegetariana no início da minha infância (ele teve, eu
não, hehe). Então, incentivos para me preocupar com o ambiente nunca me
faltaram. Só que a questão da carne é um
pouco mais complicada para mim. Eu sou daquelas pessoas que tem muita
dificuldade de pensar em uma refeição que não tenha carne. Não preciso comer
muitaa carne, mas um pouquinho sempre é necessário. Por isso, ser vegetariana
nunca passou pela minha cabeça. Só que, com essa modinha da segunda sem carne,
achei que pelo menos isso eu podia fazer pelo meu planeta tão amado.
Confesso que não tem sido fácil. Isso que eu nem estou
tentando uma segunda vegana (acho que sem queijo eu não sobreviveria), mas não
consumir nada de carne tem sido um desafio e tanto. Desde que comecei, em
agosto, já perdi a conta do número de vezes que esqueci de não comer carne na
janta ou no lanche da tarde. Não é que eu coma um bifão de noite, não, não sou
tão esquecida assim. Mas já comi patê, presunto, salsicha, atum, chester, bacon,
essas coisas que vem escondidas em lanches prontos ou que eu simplesmente
coloco na torrada (misto-quente para quem não é gaúcho), quase de forma
automática depois de um dia intenso de trabalho.
Não acho que meu cansaço seja desculpa para os meus erros,
só quero dizer que vivemos em um mundo tão acostumado a consumir carne das mais
diversas formas que às vezes esquecemos a composição e a origem de produtos que
estão presentes no nosso dia a dia. Mas esses pequenos erros não me fazem
desistir, sigo minhas tentativas de segunda sem carne e tenho inventado e
descoberto muitas receitas saborosas e diferentes. Se eu sinto faltada carne?
Na maioria das vezes, sim, e acho que toda mudança de hábito vem com algum
sofrimento.
Comecei a escrever esse post sem ter decidido qual das receitas postar e
percebi, para a minha alegria, que tenho muitas fotos aqui no meu computador que
poderiam ser o motivo deste post. Vou colocar aqui a preferida da minha mãe
(dentre as minhas tentativas vegetarianas até agora).
Ingredientes
Molho de tomate que está aqui: https://www.instagram.com/p/BbPtK1SB0kw/?taken-by=pimentascuisine
1 caixinha de creme de leite
1 abobrinha grande ou duas pequenas
150 g de ricota ralada
Meio maço de espinafre lavado e picado
150 g de queijo mussarela ralado
Sal a gosto
Modo de Preparo
Fatie a abobrinha bem fininha (na foto fatiei em rodelas,
mas acho que seria mais fácil se estivesse ao comprido). Coloque-a numa vasilha
e polvilhe sal espalhando bem em todas as fatias de abobrinha. Deixe
descansando por cerca de uma hora para soltar a água.
Em um pote misture duas quantidades de molho vermelho para
uma quantidade de creme de leite (o que sobra de molho vermelho eu congelo).
Misture o espinafre e a ricota, coloque uma pitada de sal e reserve.
Volte para a abobrinha. Retire o acesso de água e lave-a
para tirar o excesso de sal.
Em uma assadeira (pode ser menor do que a da foto para ter
mais camadas), coloque uma camada do molho, uma camada de abobrinha, uma camada
de espinafre com ricota e repita.
Nessa segunda camada, coloque uma camada de
mussarela. Faça mais uma ou duas camadas e finalize com mussarela. Leve ao
forno a 250 ºC até que o queijo esteja gratinado.
Sim, foi a minha predileta!
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