Portugal, um amor inesperado e o bacalhau da Xanda
Antes mesmo de me conhecer como gente, já era uma apaixonada por línguas. E claro que isso não aconteceu por acaso. Acontece que metade da família da minha mãe nasceu na fronteira entre o Uruguai e o Brasil e alguns primos meus falavam espanhol. Lembro-me deles falando aquela língua que, a meu ver, parecia tão rude. Lembro do meu avô reclamando dos castelhanos. Lembro da emoção que atravessar a rua me trazia, pois no outro lado, na outra calçada já estava o Uruguai, um outro país, mas um só solo e um povo misturado.
Somada a essa experiência com o espanhol tive uma experiência com o francês. Quando eu nasci, minha mãe estava estudando Letras (francês) e amava se comunicar comigo nesta língua. Até hoje consigo lembrar dela me mandando escovar os dentes, montando maquetes, cantando, brincando ou, até mesmo, mandando eu e minha irmã nos apressarmos nessa língua que parecia ser tão minha também.
Enfim, essa paixão tão antiga pelas línguas me fazia deixar Portugal bem para o fim na minha lista de países a conhecer, afinal de contas, eles falavam português, qual a graça? Se não fosse a Xanda, eu provavelmente não teria conhecido esse país que me fascinou em tantos aspectos, inclusive na língua.
Portugal fascina pelas pessoas, pelos costumes tão próximos aos nossos, pelos prédios antigos e coloridos, pelos castelos, pelos bares, pelos restaurantes, pela vida e, principalmente, pela comida. Se essa gastronomia não é uma língua, uma forma de se comunicar, acho que perdi a razão. A gastronomia portuguesa é uniforme e, ao mesmo tempo, tem suas nuances em cada região, é única e, ao mesmo tempo tão semelhante a comidinha da minha vó, é simples, mas encanta em cada mordida. Comer em Portugal me fez ampliar meu amor pela gastronomia e reforçar minhas crenças de que, na cozinha, certo e errado é questão de gosto.
Obrigada, amiga, por me convidar, me receber, me acolher e me ajudar a explorar essa terrinha linda que agora chamas de tua. Serei eternamente grata ❤❤
A receita que vou postar aqui, a Xanda me ensinou lá na casa dela, as quantidades são meio a olho, pois esse é um mexidão português.
Bacalhau a Brás
Bacalhau dessalgado em pedaços
Cebola bem picadinha
Alho bem picadinho
Azeite de oliva
Ovos
Azeitonas
Batata Palha
Em uma panela fria (como minha mãe faz <3), coloque a cebola, o alho e o azeite e frite mexendo sempre em fogo baixo. Quando dourar, acrescente o bacalhau. Enquanto isso, bata os ovos com um garfo. Coloque a batata palha, as azeitonas e os ovos. Mexa rapidamente para não cozinhar muito, a ideia é ficar úmido. Desligue e sirva em seguida.
Portugal fascina pelas pessoas, pelos costumes tão próximos aos nossos, pelos prédios antigos e coloridos, pelos castelos, pelos bares, pelos restaurantes, pela vida e, principalmente, pela comida. Se essa gastronomia não é uma língua, uma forma de se comunicar, acho que perdi a razão. A gastronomia portuguesa é uniforme e, ao mesmo tempo, tem suas nuances em cada região, é única e, ao mesmo tempo tão semelhante a comidinha da minha vó, é simples, mas encanta em cada mordida. Comer em Portugal me fez ampliar meu amor pela gastronomia e reforçar minhas crenças de que, na cozinha, certo e errado é questão de gosto.
Obrigada, amiga, por me convidar, me receber, me acolher e me ajudar a explorar essa terrinha linda que agora chamas de tua. Serei eternamente grata ❤❤
A receita que vou postar aqui, a Xanda me ensinou lá na casa dela, as quantidades são meio a olho, pois esse é um mexidão português.
Bacalhau a Brás
Bacalhau dessalgado em pedaços
Cebola bem picadinha
Alho bem picadinho
Azeite de oliva
Ovos
Azeitonas
Batata Palha
Em uma panela fria (como minha mãe faz <3), coloque a cebola, o alho e o azeite e frite mexendo sempre em fogo baixo. Quando dourar, acrescente o bacalhau. Enquanto isso, bata os ovos com um garfo. Coloque a batata palha, as azeitonas e os ovos. Mexa rapidamente para não cozinhar muito, a ideia é ficar úmido. Desligue e sirva em seguida.
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